Tanto o petróleo como o gás natural são misturas complexas de compostos orgânicos que se encontram em bolsões subterrâneos tanto abaixo da superfície terrestre quanto do mar, estas reservas podem também ser classificadas em bolsões associados de petróleo com gás natural dissolvido (necessitando de uma separação), com o gás envolto no petróleo ou somente um bolsão de gás.
Os reservatórios são encontrados em locais com a formação do solo sendo dada por depósitos/bacias sedimentares, uma vez que o petróleo é formado pela degradação da matéria orgânica, fósseis de animais e plantas pré-históricas que há milhões de anos foram recobertos por sedimentos e devido à alta temperatura e pressão foram decompostos por reações químicas na ausência de oxigênio, sendo necessário escavações em grande profundidade para extração.
As perfurações para a extração são feitas após o primeiro processo, sendo este o de prospecção que consiste em uma análise do local, onde constata-se a presença de petróleo e gás natural associado por meio de estudos detalhados e análise de geólogos ou pelo afloramento de petróleo na superfície, averiguando inclusive a que profundidade o reservatório está, o que influencia no método que será utilizado, bem como a sua condição, que pode ser inviabilizado por conta do campo magnético, variações sísmicas e sustentação do solo (resistência às detonações) por exemplo.
Após os estudos do local é realizada a perfuração, que localiza a posição das reservas e demarca o local precisamente utilizando-se de um posicionamento de satélite, em terra as torres de perfuração cavam os poços. O processo avalia inclusive a viabilidade econômica de acordo com a necessidade e profundidade de perfuração.
E quando os reservatórios se localizam abaixo do mar são posicionadas boias para a demarcação e após implementam-se uma plataforma marítima, onde esta pode ser: fixa de aço e cravadas no fundo do mar; semissubmersível que são apoiadas por colunas mas flutuáveis e se ancoram para a exploração; do tipo “FPSO” que consistem em navios para o armazenamento de gás e petróleo; um navio-sonda que possui uma torre de perfuração; e também pode ser uma plataforma autoelevável, uma balsa apoiada no fundo do mar e que pode ser deslocada.
A última fase é a de extração, onde o petróleo jorra por meio da gravidade e da pressão do gás para a superfície através do poço escavado, quando se encontra no mar, o petróleo jorra e se deposita acima da água do mar. Por fim, o petróleo bruto segue para o refinamento, obtendo-se os combustíveis fósseis extremamente utilizados, enquanto que o gás natural segue para uma estação coletora e por uma filtragem de retirada de impurezas e então os combustíveis fósseis são distribuídos por gasodutos, oleodutos, navios e caminhões.
A exploração dos combustíveis fósseis é tida como a maior fonte de riqueza e movimentação da economia no mundo, compondo a maior parte da matriz energética mundial. Na atualidade, os maiores países produtores de petróleo e gás natural são os Estados Unidos, a Rússia, a Arábia Saudita e o Canadá, sendo a Rússia a maior exportadora destes compostos orgânicos, a segunda maior produtora de gás natural (com o maior depósito do mundo) e a terceira de petróleo e portanto, considera-se a produção russa como um pilar essencial para a matriz energética mundial, em especial da Europa, uma vez que há a presença de gasodutos e oleodutos que ligam diretamente os continentes asiático e europeu para o escoamento dos hidrocarbonetos.
Com a situação crítica sendo vivenciada com o conflito entre a Ucrânia e a Rússia, a situação das exportações pode ser agravada de modo que, com a Rússia sendo a fornecedora de 50% do gás natural consumido no continente europeu e tendo no começo do ano o inverno no hemisfério norte, se o fornecimento de gás for interrompido, a necessidade por petróleo será cada vez maior. Com isso, o aumento da cotação do barril de petróleo inclusive já está sendo sentido, batendo $110 dólares, o maior valor em oito anos.
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